sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

2011

A ARTRO deseja a todos um Feliz Natal e um 2011 repleto de três coisas: saúde, saúde e saúde.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

SURFANDO NAS ONDAS DA PREVENÇÃO.


Muito embora não haja números no Brasil, tem se observado um aumento nos casos de lesões causadas pelo surfe. Mesmo sem um estudo formal, as altas taxas de lesões podem ser explicadas pela popularização da prática no litoral brasileiro e pelas mudanças no perfil dos surfistas - que passaram a praticar o esporte por muito mais tempo ao longo da vida.

E não é só essa a explicação. As transformações na estrutura da prancha e o aumento da idade dos praticantes também são fatores que mudaram o perfil do esporte no país. Hoje, não é incomum observarmos senhores beirando a quinta década de vida se equilibrando entre uma onda e outra. Em toda a costa brasileira, estima-se, são cerca de 800 mil surfistas, entre amadores e profissionais. E o aumento do número de surfistas com problemas é tão expressivo que já existe até um grupo de estudo criado em Florianópolis para avaliar esse crescimento indesejado.

Além dos traumas causados por quedas e batidas na prancha, há também prejuízos causados pelo esforço repetitivo de algumas articulações durante a remada - durante uma hora de surfe, o esportista passa cerca de 40 minutos sobre a prancha, remando - e na hora de pegar onda, que podem sofrer sobrecarga e desgaste. As áreas mais atingidas são coluna, quadril, ombros e joelhos. Os movimentos constantes de rotação da bacia e dos joelhos com um pé fixo na prancha, durante as manobras sobre as ondas, são as principais origens das lesões.

Com essa percepção, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia fez um alerta para o alto risco de lesões em músculos e articulações por causa do esporte. Para prevenir esses danos, praticantes do surfe devem realizar exercícios que não fogem da orientação de outros esportes: alongamento e aquecimento antes de entrar na água e fortalecimento da massa muscular para suportar as exigências do esporte.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

FRATURA "ESTRESSADA".

Antes pouco comum na prática diária do consultório, as fraturas por estresse tem aumentado significativamente nos últimos anos. Ligado diretamente ao crescimento da prática de atividade física, pode ocorrer com dançarinos, atletas de futebol, tênis, basquete e vôlei. Porém a maior incidência é mesmo nos praticantes de atletismo, principalmente nos corredores de longa distância.

E o que é fratura por estresse? Apesar do nome, nada tem a ver com o estresse emocional, aquele que a gente conhece bem do dia-a-dia. O que ocorre é uma sobrecarga no osso maior do que a sua capacidade de regeneração. E esse desequilíbrio leva a uma alteração na parede óssea, causando um processo inflamatório e levando ao principal sintoma, que é a dor. Em metade dos casos de fratura por estresse a perna (tíbia) é a região mais acometida.

Mas os ossos não foram “planejados” justamente para aguentar essa função? Se houver um preparo gradual antes, sim. Caso contrário, vai dar confusão. Para que se tenha uma idéia, a cada quilômetro que um corredor percorre, mais de 80 toneladas de força podem ser absorvidas pelos ossos das pernas e dos pés. Consegue imaginar isso? É como se, ao final de uma corrida de 10 quilômetros, você estivesse carregando um elefante no colo. Fraturas por estresse podem acontecer em virtude do aumento da carga sobre o osso (por ex: engordar uns quilinhos, usar tênis sem amortecimento) ou do aumento do número de vezes que o osso sofre estresse (ex: aumentar a quilometragem de treinamento). A teoria atualmente mais aceita para explicar essa lesão é de que a musculatura enfraquecida reduz a absorção de choque do membro inferior, transferindo e sobrecarregando determinados pontos da estrutura óssea.

Para evitar o problema, invista no fortalecimento e no alongamento muscular, não inicie atividades físicas sem orientação especializada e use sempre tênis adequados (eu disse adequados, não os mais caros) para ajudar a absorver os impactos. Mas se a dor já está presente, faça a única atividade física permitida nesse caso: corra para o médico.

domingo, 31 de outubro de 2010

ALONGAMENTO: A REGRA NÃO É CLARA.


O alongamento já foi considerado requisito para a prática de exercícios e prevenção de lesões. Tornou-se popular como uma forma de recompensar os músculos massacrados por corridas, levantamento de peso ou pelo pula-pula da aeróbica. A relação parecia óbvia: contraiu? Agora, alongue. Mas como quase nada no funcionamento do corpo é assim tão simples, a corda começou a esticar para os defensores da causa. Nos últimos anos, surgiram estudos mostrando que se alongar antes do exercício, além de não prevenir lesões, eleva o risco de que ocorram. A notícia agradou a turma que já não gostava muito da prática, mas se sentia culpada por deixar de fazer algo tão recomendável para um treino saudável. E não convenceu os fiéis defensores do estiramento muscular.
Para complicar a vida de quem busca uma regra clara -alongar ou não- a última grande pesquisa sobre o tema chegou à decepcionante conclusão que... tanto faz!O maior estudo sobre alongamento feito até hoje, envolvendo 1.400 pessoas de 13 a 60 anos, mostrou que o número de lesões entre quem se alongou ou não antes de correr foi estatisticamente igual. Feita pela organização governamental norte-americana para corrida e caminhada Track and Field, a pesquisa foi um balde de água fria para as correntes pró e contra alongamento. Ele nem previne nem induz lesões, afirmam os autores do trabalho. O mais chato é que, nesse estica e puxa entre entusiastas e críticos do alongamento, o cidadão que quer simplesmente se exercitar da forma mais adequada possível fica sem saber o que fazer. Segundo a pesquisa, a ideia de que os exercícios deixarão os músculos mais alongados também é inexata.
E após o treino, é para alongar como? Aqui também as posições se dividem. E tudo depende da forma como os exercícios são feitos. Quem acha que precisa atingir a extensão máxima e que sentir dor é sinal de que está se alongando, pode estar causando o efeito oposto. Para algumas pessoas, vale fazer movimentos suaves, prestando atenção na organização postural e pensando no que está fazendo. Só não vale fazer qualquer coisa porque todo mundo faz. Por essas e outras, o melhor a fazer é treinar o corpinho usando a cabeça.

domingo, 26 de setembro de 2010

93% DOS MÉDICOS SE QUEIXAM DE INTERFERÊNCIA DE PLANOS DE SAÚDE.

Poucas pessoas sabem, mas a interferência dos planos de saúde no tratamento dos pacientes tem se tornado cada vez maior, chegando a níveis perigosos. Em uma pesquisa do Datafolha publicada pela Folha de São Paulo há poucos dias, profissionais relatam limitações para exames, tempo de internação e interferência na escolha do material cirúrgico.
Segundo a pesquisa, os médicos desaprovam os planos de saúde com que trabalham, acham que eles interferem em sua autonomia e que isso prejudica o atendimento. Em pesquisa feita pelo Datafolha, a pedido da APM (Associação Paulista de Medicina), a nota média atribuída pelos médicos às operadoras foi de 4,7, de zero a dez. Mais do que isso, 93% deles afirmaram sentir que há interferência dos planos de saúde em sua autonomia. Entre as interferências, os médicos dizem que não recebem por procedimentos feitos, que os planos limitam o número de exames, mudam códigos para baratear alguns procedimentos cirúrgicos, alteram o material solicitado pelo cirurgião por outros de qualidade inferior (e, obviamente, mais baratos) e que a burocracia dos planos retarda a internação de pacientes."Isso causa grave prejuízo a quem trabalha e à população que gasta recursos para garantir à família um atendimento melhor", diz Jorge Curi, presidente da APM. A pesquisa ouviu médicos de todas as especialidades. Segundo Curi, "as que exigem maior conversa com o paciente, como pediatria, clínica e obstetrícia, são as mais prejudicadas". A Amil, sexta maior operadora de SP em total de clientes, é citada como a que mais interfere no trabalho do médico em cinco de sete quesitos (clique e veja o gráfico). As entidades médicas cobram da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) que regule os planos para que desburocratizem o atendimento aos pacientes. A ANS, como quase sempre, não se pronunciou. Há hoje 17,6 milhões de usuários de planos médicos só no Estado de São Paulo.
Em Curitiba, é comum planos de saude demorarem até 1 semana para liberarem exames de imagem. Sem contar os inúmeros pedidos extras de justificativas "detalhadas" sobre este ou aquele pedido de exame e/ou procedimento.

domingo, 15 de agosto de 2010

CIRURGIA DE JOELHO GANHA VERSÃO HI-TEC.

Acaba de chegar ao país uma cirurgia guiada por computador que ajuda ortopedistas a identificar com precisão como devem ser feitos os cortes nos ossos. O objetivo é devolver a mobilidade ao joelho em casos de lesões nas articulações. Até agora, esse cálculo era feito a partir de exames de raio-X, com maiores chances de erro. O desgaste na cartilagem - causado por excessos na atividade física, acidentes, má formação, alterações degenerativas, etc.- acaba gerando uma sobrecarga na tíbia que, sem o amortecimento da cartilagem, se deforma.
Pacientes jovens, que não tem indicação de prótese, podem, quando indicado, serem submetidos a um procedimento chamado osteotomia - um corte no osso que realinha a posição do joelho, tranferindo a carga do peso sobre a parte boa do joelho -, também com ajuda no navegador. Isso pode retardar a colocação da prótese no joelho em dez - ou mais - anos. Esse tipo de procedimento, que libera a pressão sobre a região desgastada, tem duas indicações principais: alivia a dor, quando a pessoa já enfrenta limitações, e evita que o osso se desgaste, quando ainda não há sintomas. Até agora, o cirurgião decidia como fazer esse alinhamento a partir de cálculos. Na nova técnica, chamada osteotomia por navegação, um equipamento reproduz no computador a perna e as articulações do paciente.
Em tempo real, o equipamento vai orientando a posição dos cortes a serem feitos e os ângulos entre os ossos. O sistema permite calcular o alinhamento com precisão de milímetros, o que faz a diferença, já que um pequeno desvio basta para causar o insucesso do procedimento. "Apesar de os resultados com a cirurgia tradicional serem muito bons, essa técnica inovadora vai ajudar a melhorar mais ainda o procedimento" diz o Dr. Murilo Santos, especialista em cirurgia do joelho e um dos responsáveis pelas cirurgias de prótese de joelho da ARTRO. Mas, segundo ele, os pacientes devem ser muito bem selecionados: não podem ser obesos e devem ter desvio de alinhamento, por exemplo. Pelo seu alto custo, o navegador está presente apenas em alguns hospitais do Rio de Janeiro e de São Paulo. Por enquanto.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

OS PERIGOS DO SAPATO DE SALTO ALTO


De utilização cada vez mais comum pelas mulheres do dia a dia, por motivos profissionais ou estéticos, o uso diário de sapatos de salto alto pode trazer alguns problemas a longo prazo. E o motivo é relativamente simples: nós temos um eixo central, por onde o peso é descarregado e que nos oferece equilíbrio. Quando uma mulher utiliza um sapato de salto alto, ela necessariamente altera este eixo porque força o posicionamento do pé para frente. Esta posição (errada) pode provocar uma série de problemas.
Entre eles:
· Encurtamento do Tendão da Aquiles: como o calcanhar fica mais alto em relação à ponta do pé, os músculos da panturrilha não serão alongados como deveriam durante as passadas. Isso causará, no decorrer do tempo, uma acomodação da musculatura posterior da perna e consequentemente do tendão de Aquiles, podendo causar dor na utilização do salto baixo e mesmo em atividades físicas.

· Lombalgia: para evitar que o corpo seja completamente inclinado para frente quando o calcanhar está elevado e, eventualmente, causar um desequilíbrio, a coluna lombar tende a compensar essa diferença, corrigindo e aumentando o que chamamos de lordose. Em uma mulher com encurtamento muscular e pouca atividade física, isso fatalmente causará dores lombares.

· Dores no antepé: como o centro de gravidade é deslocado apenas para frente do pé (antepé), há uma sobrecarga numa região que não foi “pensada” para suportar sozinha todo peso corporal, podendo causar dores (principalmente no final do dia) e calosidades.

· Dor no joelho: também devido à mudança do eixo de equilíbrio do corpo, há uma sobrecarga na região anterior do joelho, causando o que chamamos de dor patelofemoral. Além do que, com um menor equilíbrio causado por esse tipo de calçado, há uma facilidade maior de ocorrer entorses.
Apesar de não haver uma unanimidade em relação ao tamanho do salto, acredita-se que saltos até 5 cm não causem maiores problemas.

É importante seguir algumas recomendações para tentar minimizar eventuais danos que podem surgir com o uso contínuo: alternar a altura do salto durante a semana, alongar a panturrilha, fazer a compra do calçado no fim da tarde ou à noite e, sempre, realizar atividades físicas, que fortalecerá a musculatura da panturrilha.

terça-feira, 6 de julho de 2010

OMBRO CONGELADO

Apesar da obviedade do nome, essa patologia não tem nenhuma relação com o frio. É uma das mais dolorosas doenças do ombro e ainda pouco conhecida pela população. Denominada tecnicamente de Capsulite Adesiva, foi difundida no século passado com o nome de ombro congelado, devido ocasionar uma grande rigidez articular e limitação importante da mobilidade do ombro atingido. Ou seja, além de doer muito, o ombro ainda fica “duro”.

Essa doença causa um encurtamento de toda a estrutura que envolve o ombro (cápsula, ligamentos) o que explica a diminuição dos movimentos, juntamente com um intenso processo inflamatório, que é a razão de um processo doloroso quase sempre incapacitante.
Mais comum em mulheres entre 40 e 60 anos, a capsulite pode aparecer depois de um trauma ou uma fratura, após cirurgia do ombro ou imobilização prolongada do membro superior. Também tem uma alta incidência em diabéticos, pacientes com doença da tireóide, do coração, da coluna e até mesmo nas pessoas com alterações emocionais. Às vezes, porém, não há nenhuma causa aparente que possa ser apontada como a origem do problema.

O tratamento é, na sua grande maioria, não-cirúrgico. Antiinflamatórios e analgésicos (potentes) associados à fisioterapia e acupuntura tendem a resolver - ou pelo menos diminuir - o problema em alguns meses. As cirurgias são reservadas apenas para aqueles em que não houve resposta ao tratamento inicial, nunca num primeiro momento.

É importante esclarecer o paciente sobre a origem da doença e dizer que o tempo de tratamento pode ser longo. Evitam-se assim erros, como abandonar o tratamento devido a uma suposta demora de resultado.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

CONDROMALÁCIA PATELAR

O termo condromalácia – estranho para muitos - é utilizado para definir uma doença inflamatória e degenerativa que acomete a cartilagem da patela (conhecida antigamente como rótula). Atinge mais comumente mulheres e adultos jovens e está intimamente relacionado ao tipo de atividade física e/ou ao encurtamento muscular dos membros inferiores (isquiotibias).

Os principais sintomas são a dor – principalmente na região anterior do joelho, em atividades como subir/descer escadas ou agachar-se – e a crepitação, que é uma sensação parecida como se houvesse areia dentro do joelho durante a movimentação. Às vezes, a crepitação torna-se tão intensa que possível até ouvi-la (houve um caso de um paciente cuja principal queixa era não conseguir assustar ninguém: quando ia chegando perto da “vítima”, o barulho do joelho o entregava).

Existem várias causas para o aparecimento da doença: alteração no alinhamento da patela, desequilíbrio ou encurtamento muscular, variações anatômicas do fêmur, micro traumas de repetição - comuns em esportes de impacto como futebol, atletismo e esportes de saltos.
A doença é classificada em quatro graus, sendo que o grau IV (e pior) já demonstra que não existe mais a proteção da cartilagem em algumas áreas da patela. Isso é um grande problema, já que sem essa proteção normalmente a intensidade da dor aumenta e o tratamento fica um pouco mais complicado. O dignóstico basicamente é feito pela história e exame físico e confirmado pela ressonância magnética. Raios-X nesses casos pouco ajudam.

O tratamento não-cirúrgico resolve 90% dos casos, com medicação analgésica/anti-inflamatória e condroprotetores. A fisioterapia tem função essencial na cura através da melhora do alongamento e do reequilíbrio muscular. A viscossuplementação pode também, eventualmente, ser usada e o tratamento cirúrgico é reservado para os casos que não obtiveram melhora com o tratamento conservador ou então quando há grande alteração do alinhamento patelar.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

TIRA DÚVIDAS PRP


Devido ao grande número de emails recebidos nas últimas semanas sobre as possibilidades de uso do Plasma Rico em Plaquetas, gostaríamos de dirimir algumas dúvidas que nos pareceram frequentes:
1 - O uso do PRP não substitui a cirurgia numa lesão ligamentar do joelho. Pacientes com lesão completa do ligamento cruzado anterior tem indicação cirúrgica em sua imensa maioria. O PRP pode ser utilizado durante a cirurgia, como um coadjuvante no aceleramento da cicatrização.
2 - O mesmo vale para rupturas meniscais. O uso exclusivo do PRP não resolve o problema.
3 - Nem todas as doenças de origem inflamatórias e/ou degenerativas não articulares tem indicação de uso do PRP.

4 - Não há uso descrito do PRP na literatura para o tratamento da fibromialgia.
5 - Não há indicação do uso exclusivo do PRP em artrose.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

ARTRO CONTA AGORA COM MÉDICO ESPECIALISTA EM COLUNA


A Clinica ARTRO, embora tenha na sua essência o tratamento das patologias de joelho e ombro, a partir de agora também conta com um especialista para o tratamento doenças da coluna vertebral.
O responsável pela área é o Dr Luiz Gustavo Dal Oglio da Rocha, que realiza os mais diversos tipos de tratamentos, desde as patologias degenerativas - como lombalgia, hérnias discais e estenose do canal medular - até os complexos casos de trauma e deformidades (cifose, escoliose).
Com grande experiência - nacional e internacional - em cirurgias minimamente invasivas, Dr Luiz Gustavo vem agregar ao já respeitado Corpo Clínico da ARTRO, procurando sempre oferecer a resolução dos problemas da coluna da forma menos agressiva possível.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

VISCOSSUPLEMENTAÇÃO


Como disse no post anterior, um dos assuntos mais comentados no Congresso Brasileiro de Cirurgia do Joelho foi sobre a utilização da viscossuplementação, que é uma nova medida terapêutica que vai nos auxiliar no tratamento da osteoartrite (artrose).


Aos detalhes: existe dentro das articulações uma substância chamada ácido hialurônico que é um componente do líquido sinovial, que protege a cartilagem de danos mecânicos e também evita processos inflamatórios, retardando o processo degenerativo. Em algumas articulações essa proteção está bastante diminuída, o que causa o efeito inverso: inflamação e degeneração. Existe no mercado - com vários nomes comerciais - uma espécie de gel, que já vem pronto em ampolas, para ser aplicado dentro da articulação do joelho. Essa substância - obtida sinteticamente das mais variadas origens e chamada de hialuronato de sódio – existe há alguns anos e só agora vem sendo utilizada de maneira mais ampla. A novidade é que agora foram apresentados um grande número de casos e experiências pessoais de médicos do Brasil e do exterior que corroboram seus benefícios.


Alguns estudos mostram que o ácido hialurônico restaura o metabolismo e protege a cartilagem, além de reverter o dano causado por fatores inflamatórios


É mais uma possibilidade que se agrega ao leque de tratamento dessa doença, extremamente comum após os 50 anos de vida.


segunda-feira, 29 de março de 2010

NOVIDADES EM CIRURGIA DO JOELHO

Foi realizado entre 25 e 27 de março, em Porto de Galinhas - Pernambuco, o 13º Congresso Brasileiro de Cirurgia do Joelho, que acontece a cada dois anos.

Foram mostradas algumas novidades nessa área como, por exemplo, o uso cada vez mais regular da viscossuplementação (explico o que é no próximo post) e também do plasma rico em plaquetas, além de atualizações sobre as cirurgias de reconstrução do Ligamento Cruzado Anterior.

Como não poderia deixar de ser, a ARTRO marcou presença com seu corpo clínico (Dr. Alexandre Pimpão, Dr. Murilo Santos e, na foto, Dr. Alvaro Chamecki e Dr. Emerson Zanoni) apresentando alguns trabalhos científicos naquele que é considerado um dos maiores e mais importantes eventos sobre cirurgia do joelho na América Latina.


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PLASMA RICO EM PLAQUETAS.

A mais nova opção do arsenal terapêutico no tratamento de doenças ligadas à medicina esportiva é conhecida por três letrinhas: PRP. Guarde bem porque você ainda vai ouvir muito sobre elas. Significa Plasma Rico em Plaquetas e está sendo uma revolução no tratamento de algumas lesões. De descoberta muito recente (faz menos de oito anos que seu uso foi mais bem definido e os estudos avançaram), foi inicialmente utilizado na Ortopedia com a intenção de acelerar a consolidação de fraturas, mas foi primeiramente empregado pelos cirurgiões plásticos no começo da década de 90.

Para iniciar: plasma é a parte líquida do sangue, e as plaquetas são fragmentos de células responsáveis pela coagulação. Resumidamente, funciona assim: o paciente tem retirado poucos mililitros de sangue, como em um exame de rotina. Depois de devidamente acondicionado num recipiente específico, ele é colocado numa pequena máquina, idealizada para esse fim, que fará sua centrifugação, separando a parte líquida (plasma) da parte celular (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Apenas o plasma junto com a porção que contém as plaquetas é separada e injetada na região que se pretende tratar.
É no interior dessas plaquetas que existem substâncias denominadas fatores de crescimento (são seis diferentes tipos) que dão início aos processos de reparação e regeneração celular, sendo considerados verdadeiros cicatrizantes biológicos. São esse os fatores que realmente interessam no tratamento.

Os estudos recentes - existem centenas deles - demonstram fortemente que o PRP estimula o processo de cicatrização de algumas lesões, através de um mecanismo complexo. Já há um bom número de patologias que estão sendo beneficiados com sua utilização. Entre elas estão as lesões tendinosas de uma maneira geral (epicondilite lateral e medial do cotovelo, tendinite patelar, lesões do manguito rotador do ombro, lesões do tendão de Aquiles), algumas lesões ligamentares do joelho e alguns casos de artrose. Além disso, também causa efeitos benéficos no tratamento de lesões musculares,fraturas e aceleram a recuperação em alguns casos cirúrgicos.

A ARTRO é a primeira clínica do Paraná a disponibilizar esse tratamento inovador aos seus pacientes.

Veja abaixo reportagem sobre o assunto no Esporte Espetacular.



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

COM OS PÉS NO CHÃO.

Para quem pratica corrida habitualmente, nada mais importante para evitar lesões do que um tênis macio, confortável, que se adapte bem à pisada e com um moderníssimo sistema de amortecimento, certo? Bom, até dias atrás ninguém ousaria dizer o contrário. Mas um grupo de médicos dos Estados Unidos, do Reino Unido e do Quênia colocaram uma pedra dentro dos tênis de última geração.

Essa semana eles publicaram um estudo na renomada revista científica Nature onde comprovam que as pessoas que correm descalças tendem a distribuir melhor o impacto causado pelo exercício. Por desenvolver um estilo diferente de correr, esses atletas sofreriam menos com o impacto dos pés no chão e, indiretamente, teriam uma menor possibilidade de lesões nos membros inferiores. E tem mais: eles afirmam ainda que esse tipo de corrida causa menos impacto que simplesmente andar. Quando se sabe que um corredor bate o pé no solo cerca de 600 vezes por quilômetro e que 30% deles tem ao menos uma lesão por ano é que se vê esse tipo de pesquisa pode causar alvoroço nos hábitos dos amantes da corrida.

E o motivo é, até certo ponto, simples: quando corremos com tênis, normalmente é o calcanhar que encosta primeiro no solo, até por uma indução do modelo do calçado, que possui um amortecimento maior nessa região. Sendo assim, há uma área de contato restrita pra descarregar o peso corporal, onde a força do impacto pode chegar até três vezes o peso da pessoa. Já quem corre descalço põe primeiro a região anterior (ou toda a planta) do pé no chão. Como conseqüência, isso gera uma área maior de contato, distribuindo mais homogeneamente o impacto da pisada.

É claro que isso não significa que tenhamos que abandonar nossos tênis modelos 2010, acenando com tristeza quando eles partirem nos caminhões do Lixo que não é lixo. Mesmo porque como o estudo acabou de sair do forno, não há pesquisas que comparem o número de lesões dos corredores com e sem tênis. E ainda que, eventualmente, seja favorável aos “sem-calçados”, também parece ser difícil ver centenas de pezinhos livres, lépidos e fagueiros correndo nos parques da cidade. Mas que isso vai trazer alguns questionamentos à tona, isso vai. Aguardemos os próximos capítulos.
Atualização: O tema realmente é polêmico. Até a Globo se interessou pela pesquisa feita em Harvard. Assista reportagem sobre o assunto no Esporte Espetacular de ontem (07/02/2010).

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ARTRO É EMPRESA PARCEIRA DA AFECE.

A ARTRO orgulha-se de ter sido uma das empresas parceiras (a única na área da saúde) da AFECE - Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial - no ano de 2009. Esperamos que nossa pequena colaboração possa ter sido útil para esse grupo que, há mais de 40 anos, ajuda humanitariamente e de maneira imprescindível no auxílio de famílias com crianças portadoras de necesidades especiais.
Desejamos que essa parceria estenda-se por muitos e muitos anos, pois sabemos da seriedade da Associação no trabalho social que exerce.
Conheça essa bela iniciativa clicando aqui

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

PACIENTES COM LUXAÇÃO DO OMBRO SÃO MAL INFORMADOS SOBRE SUA DOENÇA.

Quem pratica atividade física, principalmente de contato, como futebol ou artes marciais, quase sempre conhece alguma história de alguém que já “tirou o ombro do lugar”. Às vezes uma única vez. Às vezes, contam-se os episódios às dezenas. Mas parece que as pessoas estão mal informadas sobre esse problema, pois um trabalho publicado na Revista Brasileira de Ortopedia no mês passado mostrou que poucos sabem exatamente sobre a gravidade da lesão e menos ainda sobre como tratar. Apenas 22% dos pacientes citados pelo estudo receberam orientações adequadas sobre a doença e o seu tratamento. E nenhum – zero – recebeu orientações de por quanto tempo deveria ficar imobilizado.

Antes, vamos dirimir uma dúvida: luxação é a perda do contato ósseo entre duas articulações. Ou seja, ocorre quando há um deslocamento e a “junta sai do lugar”. Pode acontecer com qualquer articulação e, ao contrário do que muita gente pensa, o termo luxação não deve ser utilizado para qualquer entorse, escoriação ou trauma de menor intensidade. Luxação é, assim como a fratura exposta, uma das urgências em ortopedia e deve ser tratada da forma mais rápida possível, para evitar complicações posteriores. Outro fato que deve ser considerado no tratamento é que quanto mais jovem for o paciente à época do primeiro episódio, maior a chance de recidiva.
Já em relação ao tratamento há pouca controvérsia. Entende-se que já a partir do segundo episódio o tratamento deve ser cirúrgico. A maior discussão se concentra nos casos de primeiro episódio. Alguns ortopedistas acham que o ideal é tratar cirurgicamente já no primeiro caso, pois a chance de recidiva é alta. Outros acham que sempre vale a pena dar “mais uma chance” ao ombro, e deixar o tratamento cirúrgico a partir de uma eventual segunda luxação.
Na ARTRO, o paciente tem todas as informações, de maneira clara e didática, sobre a instabilidade (luxação) do ombro e as melhores opção de tratamento ao seu alcance. Se você é um desses pacientes cheios de dúvidas, nos procure. Teremos o maior prazer em orientá-lo da melhor maneira possível.