quinta-feira, 27 de maio de 2010

CONDROMALÁCIA PATELAR

O termo condromalácia – estranho para muitos - é utilizado para definir uma doença inflamatória e degenerativa que acomete a cartilagem da patela (conhecida antigamente como rótula). Atinge mais comumente mulheres e adultos jovens e está intimamente relacionado ao tipo de atividade física e/ou ao encurtamento muscular dos membros inferiores (isquiotibias).

Os principais sintomas são a dor – principalmente na região anterior do joelho, em atividades como subir/descer escadas ou agachar-se – e a crepitação, que é uma sensação parecida como se houvesse areia dentro do joelho durante a movimentação. Às vezes, a crepitação torna-se tão intensa que possível até ouvi-la (houve um caso de um paciente cuja principal queixa era não conseguir assustar ninguém: quando ia chegando perto da “vítima”, o barulho do joelho o entregava).

Existem várias causas para o aparecimento da doença: alteração no alinhamento da patela, desequilíbrio ou encurtamento muscular, variações anatômicas do fêmur, micro traumas de repetição - comuns em esportes de impacto como futebol, atletismo e esportes de saltos.
A doença é classificada em quatro graus, sendo que o grau IV (e pior) já demonstra que não existe mais a proteção da cartilagem em algumas áreas da patela. Isso é um grande problema, já que sem essa proteção normalmente a intensidade da dor aumenta e o tratamento fica um pouco mais complicado. O dignóstico basicamente é feito pela história e exame físico e confirmado pela ressonância magnética. Raios-X nesses casos pouco ajudam.

O tratamento não-cirúrgico resolve 90% dos casos, com medicação analgésica/anti-inflamatória e condroprotetores. A fisioterapia tem função essencial na cura através da melhora do alongamento e do reequilíbrio muscular. A viscossuplementação pode também, eventualmente, ser usada e o tratamento cirúrgico é reservado para os casos que não obtiveram melhora com o tratamento conservador ou então quando há grande alteração do alinhamento patelar.