segunda-feira, 24 de março de 2014

TORCEU O PÉ?

A entorse no tornozelo pode gerar desde uma lesão leve até um quadro mais grave, segundo os ortopedistas Antônio Krieger, do Hospital Marcelino Champagnat, e Eduardo Fanchin Rocha, da Artro Clínica de Ortopedia. Revista Saúde e Bem estar - Gazeta do Povo

Futebolzinho perigoso
Com o aumento da prática esportiva pela população, a entorse de tornozelo tornou-se mais frequente nos pronto-atendimentos ortopédicos. No Brasil, o futebol responde por grande número dos casos, assim como o tênis, basquete, vôlei e esportes de contato e de saltos.
Mulheres em risco
Entorses em situações corriqueiras também são comuns, principalmente entre mulheres, pelo uso de calçados com salto alto. Terrenos e calçamentos irregulares facilitam muito as torções.
Fatores que predispõem
Entre os fatores individuais que facilitam as entorses de tornozelo estão obesidade, falta de preparo como alongamentos e fortalecimento muscular dos membros inferiores, alterações anatômicas como pés cavos e hiperlaxitude ligamentar (ligamentos mais elásticos).
Medidas preventivas
O uso de calçados apropriados para cada modalidade esportiva, cuidados redobrados quando em terrenos irregulares e preparação física adequada são as principais medidas preventivas.
Sinal amarelo
Dor intensa, perda do sentido de firmeza ao pisar, inchaço e rouxidão local, indicam que o paciente deve procurar atendimento médico.
Inversão é a mais comum
O movimento de torção mais comum é a inversão do pé, forçando a articulação para fora. Neste caso, é bastante provável que haja lesão de algum dos ligamentos talofibular anterior e posterior e calcaneofibular que ligam a fíbula (um dos ossos da canela) à ossatura que compõe o pé. Os casos de eversão do pé (quando o pé vira para dentro) são menos comuns e afetam o ligamento deltoide, exigindo maior tempo de recuperação.
Compressa
Em todos os casos, o ideal é elevar o membro e fazer uma compressa de gelo – que tem efeito anti-inflamatório e analgésico – no local afetado, para previnir o inchaço, evitar a movimentação por um tempo e procurar atendimento médico. Após avaliação médica, geralmente é solicitada uma radiografia para excluir eventuais fraturas e luxações. As entorses leves são tratadas com enfaixamento, repouso, anti-inflamatórios e gelo local. As graves necessitam imobilização mais cuidadosa, como botas com velcro, com uso de 2 a 4 semanas.
Cirurgias são raras
Em geral, na maior parte das entorses deve-se apenas evitar movimentos que causem impacto ao pé, respeitando o tempo de regeneração dos tecidos que compõem a articulação do tornozelo. A cirurgia não é frequente na fase aguda (inicial), sendo mais comum na fase tardia em pacientes que ficaram com um tornozelo doloroso e instável (entorses de repetição).
Recuperação
O objetivo do tratamento é a obtenção de um tornozelo estável, funcional e indolor. O tempo de recuperação varia conforme o grau da lesão. É indicada fisioterapia no seguimento para quase todas as entorses graves e mesmo para as leves.
Retorno
Entre duas a três semanas após o atendimento médico, é importante o retorno ao ortopedista, que fará uma reavaliação clínica, testando a estabilidade. Exames auxiliares como radiografias com estresse e ressonância nuclear magnética podem ser necessários nesta fase.



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